Páginas

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Sintaxe III - Termos integrantes da oração

Estes termos são subordinados ao núcleo substantivo e ao núcleo verbal e distinguem-se em:
1) Complemento Verbal
2) Complemento Nominal
3) Agente da passiva

Complementos Verbais

São os seguintes:

§  Objeto direto: é o complemento que se liga ao verbo sem preposição.
Ex.: Durante a excursão, fizemos passeios pelos pontos turísticos da cidade.
O sucesso no cinema tornou-o conhecido internacionalmente.
(O pronome oblíquo “o” funciona como O.D. do verbo “tornar”. Nesse caso, os pronomes pessoais oblíquos o, a, os, as sempre funcionam como objeto direto.)

Há casos em que o O.D. pode vir com preposição. É o chamado objeto direto preposicionado, e, nesse caso, a preposição é usada por necessidades expressivas e não por exigências do verbo.
Ex.: Sem razão, julgam a ti.
 Não quis beber do leite que lhe ofereceram.
Os escritores cumprimentavam uns aos outros.

Existem, ainda, casos em que o objeto direto pode ser repetido na oração por um pronome oblíquo átono, para realçar uma ideia expressa anteriormente. Chama-se objeto direto pleonástico.
Ex.: O título, conquistou-o após vários campeonatos.

§  Objeto indireto: é o complemento que se liga ao verbo por meio de uma preposição.
Ex.: Sua continuidade no curso dependia de uma bolsa de estudos.
Precisamos de voluntários para os jogos olímpicos.

Existem casos em que o objeto indireto pode ser repetido na oração por um pronome oblíquo átono, para realçar uma ideia expressa anteriormente. Chama-se objeto indireto pleonástico.
Ex.: Aos jurados, exigiram-lhes completo sigilo.

  
Complemento Nominal

É o termo da oração que completa nomes, isto é, substantivos, adjetivos e advérbios, e vem preposicionado.

Ex.: A invenção da imprensa foi um grande acontecimento.
A sentença foi favorável ao réu.
O senado votou contrariamente à pena de morte.

Para facilitar a identificação, convém ter presente às seguintes regras:
a) Tratando-se de adjetivo ou advérbio, não há a menor dúvida, pois o termo que se liga a eles por preposição é sempre complemento nominal.
Ex.: Ofensivo à honra, prejudicial à saúde, igual a mim, responsável pelo desastre etc.
Desfavoravelmente a nós, independentemente da minha vontade etc.

b) Tratando-se, porém, de substantivo, é preciso cuidado para não confundir o complemento nominal com o adjunto adnominal, que quando expresso por locução adjetiva, se apresenta da mesma forma daquele: preposição + substantivo.


Compare:

Copo de vinho (Adjunto)
Rosa com espinhos (Adjunto)
Invasão da cidade (Complemento)
Conversa com o pai (Complemento)

A diferença consiste em que os substantivos do primeiro grupo são considerados intransitivos, ou seja, não pedem complemento, ao passo que os do segundo são considerados transitivos, isto é, seus sentidos só se tornam completos devido ao complemento nominal. Isso só acontece com substantivos abstratos de ação, que correspondem a verbos transitivos diretos ou indiretos, ou com substantivos abstratos de qualidade, derivado de adjetivo que possa ser usado transitivamente.

Exs.: Inversão da ordem. (Inverter a ordem)
Obediência aos pais. (Obedecer aos pais)

Certeza da vitória. (Certo da vitória)
Fidelidade aos amigos. (Fiel aos amigos)

Agente da passiva

É o complemento que, na voz passiva com verbo auxiliar (voz passiva analítica), representa o ser que praticou a ação verbal.
Ex.: Nossa casa foi construída por este engenheiro.

Sendo este complemento o verdadeiro agente, ou seja, aquele que exerce a ação, podemos transformar a construção passiva em ativa, e, neste caso, ele passará a ser o sujeito da oração.
Ex.: Este engenheiro construiu nossa casa.

O agente pode declinar de importância a ponto e de ser omitido.
Ex.: Nossa casa foi construída há muitos anos.

Bibliografia: LIMA, Rocha. Gramática Normativa da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: José Olympio, 2001.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário