§ Frase: é um enunciado que estabelece
uma comunicação com sentido completo. Pode ser breve, constituído, às vezes,
por uma só palavra, ou longa, com uma forma verbal. As frases sem verbos são
chamadas frases nominais. Já aquelas que contêm verbos ou locuções verbais são
chamadas orações.
Ex.: Fogo!
Silêncio!
Como?
Por quê?
Meia volta!
Bem feito!
Vende-se casa.
Que sala suja!
§ Oração: é um enunciado que contém um
verbo ou uma locução verbal.
Atenção! Toda oração é uma frase, mas nem toda frase é
oração, pois, para isso, é necessário conter um verbo.
Ex.: Vende-se casa.
A sala está suja.
§ Período: é a frase formada por uma ou
mais orações. Pode ser simples ou composto. O período simples é formado por apenas uma oração; já o composto, é constituído por duas ou mais orações.
Ex.: Maria chegou a casa. (Período Simples)
Quando
Maria chegou a
casa, tomou
um susto com tamanha sujeira. (Período Composto)
Sujeito
x Predicado
As palavras não aparecem isoladas na língua. Para
produzir sentido, elas se relacionam entre si, formando frases. A parte da
gramática que define as funções que as palavras exercem nas frases chama-se sintaxe.
Agora observe:
[Os Bergsons] [nos convidaram para uma festa.]
[Eu] [não vou!]
[Eles] [são chatos.]
[Eles] [falam demais.]
Nessas orações, podemos identificar dois constituintes essenciais:
uma informação e um elemento ao qual ela se refere. A informação é o predicado, e o elemento a que ela se
refere é o sujeito. Sendo assim:
§ Sujeito: é o ser de quem se declara
alguma coisa.
§ Predicado: é tudo aquilo que se diz
sobre o sujeito.
Tipos
de Sujeito
O
sujeito apresenta um núcleo (sempre um nome), que é a palavra mais
significativa desse termo essencial.
Ex.: [Os
nossos vizinhos][nos
convidaram para uma festa.] Sujeito: Os nossos vizinhos.
[Hagar e Helga] [foram à
festa dos Bergsons]. Sujeito: Hagar e Helga.
§ Sujeito simples: é aquele que
apresenta um só núcleo.
Ex.: Eles são chatos.
§ Sujeito composto: é aquele que
apresenta mais de um núcleo.
Ex.: Helga e Hagar aceitaram o convite dos Bergsons.
§ Sujeito oculto, implícito ou
desinencial: é aquele que está implícito na desinência ou terminação verbal.
Pode ser identificado, também, pelo contexto.
Ex.: ...Vão servir filé e
lagostas. (Eles, os Bergsons)
Não vou. (Eu)
§ Sujeito indeterminado: quando não é
possível dizer quem pratica a ação ou não se quer identificar claramente o
sujeito da oração.
Ex.: Fizeram uma festa na vizinhança.
Neste caso, o verbo não se refere a
nenhum termo identificado anteriormente, nem em outra oração, como acontece com
o sujeito oculto.
O sujeito indeterminado pode ser
expresso de dois modos:
§ Quando o verbo está na terceira
pessoa do plural, sem que se possa identificar o sujeito.
Ex.: Fizeram uma festa na vizinhança.
§ Quando o verbo é flexionado na
terceira pessoa do singular e seguido do pronome se,
que funciona como índice de indeterminação do sujeito.
Ex.: Investe-se pouco em saúde e educação.
Com a TAM, viaja-se com
economia e segurança.
Atenção!
Não confundir com a voz passiva sintética, na qual a partícula se acompanha o verbo transitivo direto. Para comprovar,
pode-se colocar a frase na voz passiva analítica. Observe:
Ex.: Fazem-se unhas. (Voz passiva analítica:
Unhas são feitas)
Alugam-se casas e
apartamentos. (Voz passiva analítica:
Casas e apartamentos são alugados)
Oração sem sujeito
Observe:
Havia uma festa anual na empresa.
Há dez anos tentava me aproximar do
presidente da empresa.
Nestes exemplos, o verbo haver é impessoal, ou seja, não tem
sujeito, e conjuga-se na 3ª pessoa do singular. Esses são exemplos de orações
sem sujeito.
Ocorre oração sem sujeito quando:
§ O verbo haver apresenta o sentido de existir:
Ex.: Há bons cinemas neste shopping.
§ Os verbos fazer, haver e ir referirem-se a tempo decorrido:
Ex.: Faz muito tempo que não o vejo.
Morei no Rio há cerca de dez
anos.
Vai fazer quinze anos que cheguei ao
Brasil.
§ Com o verbo ser indicando
tempo em geral:
Ex.: Era um período de inverno rigoroso.
§ Com os verbos que denotam fenômenos
da natureza. Incluem-se nesse caso os verbos chover, ventar, nevar, trovejar, relampejar etc.
Ex.: Ventava forte naquela tarde.
Esfriou muito nesta noite.
De noite choveu.
Isso
não ocorre quando os verbos que exprimem fenômenos da natureza estão em sentido
figurado.
Ex.: [Os meninos] [amanheceram com
fome.] Sujeito: Os meninos.
Resumindo!
A oração sem sujeito é aquela que se
forma, apenas, com predicado, cuja declaração não se refere a nenhum ser.
Bibliografia:
LIMA, Rocha. Gramática Normativa
da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: José Olympio, 2001.
SARMENTO, Leila Lauar. Gramática
em textos. São Paulo: Editora Moderna, 2005.
Nenhum comentário:
Postar um comentário