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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Redação - O uso da vírgula

A vírgula serve para dar pausa no discurso, sem quebrar sua continuidade. Usa-se vírgula:

a) para separar termos da mesma função, que sejam assindéticos, isto é, que não possuem conectivos.
Ex.: Marcela cantava, dançava, sorria e bebia na festa.

b) para isolar o vocativo:
Ex.: Amo-te, meu amor!
Júlia, você vai viajar?

c) para isolar o aposto:
Ex.: Rio de Janeiro, cidade maravilhosa, sediará as Olimpíadas de 2016.

d) para assinalar a inversão dos adjuntos adverbiais:
Ex.: Ontem, estive na sua casa. X Estive na sua casa ontem.

e) para marcar supressão do verbo:
Ex.: Hoje, acordei cedo, ontem, (acordei) tarde.

f) nas datas:
Ex.: Rio de Janeiro, 05 de novembro de 2015.

g) nas construções em que o complemento do verbo, por vir anteposto a este, é repetido depois dele por pronome enfático (Conferir: Objeto Direto e Indireto pleonásticos).
Ex.: O título, conquistou-o após vários campeonatos.
Aos jurados, exigiram-lhes completo sigilo.

h) para isolar certas palavras e expressões explicativas, corretivas, continuativas, conclusivas, tais como:
Ex.: por exemplo, além disso, isto é, a saber, aliás, digo, minto, ou melhor, ou antes, outrossim, demais, então, com efeito etc.
i) para isolar orações ou termos intercalados:
Ex.: Estou apaixonado, disse Leonardo, e já não consigo viver sem ela.

j) para separar orações coordenadas assindéticas:
Ex.: Vim, vi, venci.

l) para separar as orações coordenadas ligadas pela conjunção e, quando os sujeitos forem diferentes.
Ex.: No parque, Camila andava de patins, e Anderson pedalava.

m) para separar as orações coordenadas ligadas pelas conjunções mas, senão, nem, que, pois, porque, ou, ou...ou, ora...ora, quer... quer, entre outras.
Ex.: Não sei se caso, ou se compro uma bicicleta.
Não gostava de jiló, mas comia.
Não fui à aula, porque estava doente.

n) para isolar as conjunções adversativas porém, todavia, entretanto, no entanto, contudo; e as conjunções conclusivas logo, pois, portanto.
Ex.: Maurício estava doente, logo, não foi à aula.
Maurício estava doente, porém, foi fazer sua prova na faculdade.
Estava chovendo, e Marta não foi, pois, ao parque.
(A conjunção “pois”, conclusiva, não se emprega em começo de oração, mas depois de um dos seus termos, geralmente após o verbo)

m) para separar as orações consecutivas:
Ex.: Camila é tão inteligente, que gabaritou a prova de Português.
André e Jéssica são muito apaixonados, de modo que resolveram se casar.

o) para separar orações subordinadas adverbiais, quer antepostas, quer pospostas à principal.
Ex.: Quando amanheceu, Lúcia foi correr no parque.
Lúcia foi correr no parque, quando raiou o dia.

p) para separar os adjetivos e as orações adjetivas de sentido explicativo:
Ex.: Meu irmão, que mora na Itália, vem para o Brasil. (Explicativa: Só há um irmão e este mora na Itália. A oração adjetiva “que mora na Itália”, neste caso, traz uma explicação acerca do irmão)
Meu irmão que mora na Itália vem para o Brasil. (Restritiva: Há outros irmãos, mas o que voltará ao Brasil é aquele que mora na Itália)

q) para separar orações reduzidas de gerúndio, particípio e infinitivo:
Ex.: Ela dirigia, cantando loucamente.
Para perder peso, Bruna fez uma dieta rigorosa e muitos exercícios.  
Chegada a encomenda, Paula abriu a caixa empolgada.


Bibliografia: LIMA, Rocha. Gramática Normativa da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: José Olympio, 2001.  

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