A
vírgula serve para dar pausa no discurso, sem quebrar sua continuidade. Usa-se vírgula:
a) para separar termos da mesma função, que
sejam assindéticos, isto é, que não possuem conectivos.
Ex.: Marcela cantava, dançava, sorria e bebia
na festa.
b) para isolar o vocativo:
Ex.: Amo-te, meu amor!
Júlia, você vai
viajar?
c) para isolar o aposto:
Ex.: Rio de Janeiro, cidade maravilhosa, sediará as Olimpíadas de 2016.
d) para assinalar a inversão dos adjuntos
adverbiais:
Ex.: Ontem,
estive na sua casa. X Estive na sua casa ontem.
e) para marcar supressão do verbo:
Ex.: Hoje, acordei cedo, ontem, (acordei)
tarde.
f) nas datas:
Ex.: Rio de Janeiro, 05 de novembro de 2015.
g) nas construções em que o complemento do
verbo, por vir anteposto a este, é repetido depois dele por pronome enfático (Conferir:
Objeto Direto e Indireto pleonásticos).
Ex.: O
título, conquistou-o após vários campeonatos.
Aos jurados,
exigiram-lhes completo sigilo.
h)
para isolar certas palavras e expressões explicativas, corretivas, continuativas,
conclusivas, tais como:
Ex.:
por exemplo, além disso, isto é, a saber, aliás, digo, minto, ou melhor, ou antes,
outrossim, demais, então, com efeito etc.
i)
para isolar orações ou termos intercalados:
Ex.:
Estou apaixonado, disse Leonardo, e
já não consigo viver sem ela.
j)
para separar orações coordenadas assindéticas:
Ex.:
Vim, vi, venci.
l)
para separar as orações coordenadas ligadas pela conjunção e, quando os sujeitos
forem diferentes.
Ex.:
No parque, Camila andava de patins,
e Anderson pedalava.
m)
para separar as orações coordenadas ligadas pelas conjunções mas,
senão, nem, que, pois, porque, ou, ou...ou, ora...ora, quer... quer, entre
outras.
Ex.:
Não sei se caso, ou se compro uma
bicicleta.
Não
gostava de jiló, mas comia.
Não
fui à aula, porque estava doente.
n)
para isolar as conjunções adversativas porém, todavia, entretanto, no entanto,
contudo; e as conjunções conclusivas logo,
pois, portanto.
Ex.:
Maurício estava doente, logo, não
foi à aula.
Maurício
estava doente, porém, foi fazer sua
prova na faculdade.
Estava
chovendo, e Marta não foi, pois, ao
parque.
(A
conjunção “pois”, conclusiva, não se emprega em começo de oração, mas depois de
um dos seus termos, geralmente após o verbo)
m)
para separar as orações consecutivas:
Ex.:
Camila é tão inteligente, que gabaritou a prova de Português.
André
e Jéssica são muito apaixonados, de modo
que resolveram se casar.
o)
para separar orações subordinadas adverbiais, quer antepostas, quer pospostas à
principal.
Ex.:
Quando amanheceu, Lúcia foi correr
no parque.
Lúcia
foi correr no parque, quando raiou o dia.
p)
para separar os adjetivos e as orações adjetivas de sentido explicativo:
Ex.:
Meu irmão, que mora na Itália, vem
para o Brasil. (Explicativa: Só há um irmão e este mora na Itália. A oração
adjetiva “que mora na Itália”, neste caso, traz uma explicação acerca do irmão)
Meu
irmão que mora na Itália vem para o
Brasil. (Restritiva: Há outros irmãos, mas o que voltará ao Brasil é aquele que
mora na Itália)
q)
para separar orações reduzidas de gerúndio, particípio e infinitivo:
Ex.:
Ela dirigia, cantando loucamente.
Para
perder peso, Bruna fez uma dieta
rigorosa e muitos exercícios.
Chegada a
encomenda, Paula abriu a caixa empolgada.
Bibliografia:
LIMA, Rocha. Gramática Normativa da Língua
Portuguesa. Rio de Janeiro: José Olympio, 2001.
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